Toda vez que eu tenho crise de ansiedade, eu corro para colocar um gênero musical no qual me sinto mais calmo. E as pessoas ao meu redor pensam: meu Deus, ele é meio dodói da cabeça, né? 🙂 Não, não é metal haha.
Esses dias estava vendo uma cientista comentando sobre a eficácia de coisas como aromaterapia, cromoterapia, etc. E basicamente, a resposta foi que: não, essas coisas não funcionam. No entanto, há estudos mistos. Existem alguns que dizem que isso funciona. Já outros dizem que não apenas não funcionam, como os estudos que dizem que funcionam foram feitos de forma incorreta.
Acredito que a medicina alternativa (se a gente puder chamar isso de medicina alternativa) tem seus viés. Por exemplo, meditação já foi considerada como algo que não tinha nenhuma relevância para medicina, que não ajudava em ansiedade, depressão, entre outros. E isso já foi mostrado como errado. Existem diversos estudos, inclusive com peer review, que mostram a eficiência da meditação.
Quando estou com crise de ansiedade, gosto de sentir alguns cheiros e aromas bons ajudam a acalmar. Uma nota de observação: minha ansiedade, assim como a da maioria das pessoas, se reproduzia como um ataque cardíaco. Coração acelerado, etc. No entanto, ela meio que foi evoluindo com o passar do tempo, e a pandemia do COVID-19 só ajudou a piorar tudo isso. Ou seja, sentir aromas me faz ter a impressão de “olha, estou sentindo cheiro – logo, não tenho COVID-19” rs. Pode não fazer o menor sentido na sua cabeça, mas faz na minha. Vida que segue. Você não vai me vender vendendo óleos essenciais, aromaterapia, etc. Mas eu uso na minha vida particular. E até mesmo para deixar o ambiente mais cheiroso mesmo.
No entanto, você não vai me ver substituir a medicina tradicional por uma aromaterapia, radiestesia ou qualquer outro tipo de pseudociência ou medicina alternativa duvidosa. Para depressão e ansiedade, eu sei que o que vai fazer efeito mesmo não é o óleo essencial da casa do caralho. E sim, meu Exodus (Escitalopram). E eu digo o mesmo para pessoas com doenças mais graves, como câncer. Você pode tentar o que você quiser. Mas, por favor, siga também a medicina tradicional. Por favor. Não faça como Steve Jobs (e nos prive de ter iPhones bons. Por que, pelo amor de Deus, a Apple esses anos está horrível rs).
Mas voltando para a musicoterapia (não sei esse nome existe, mas meu corretor não corrigiu, então yay). Há diversos estudos que demonstram sua eficiência. Não vi nenhum estudo que demonstre o contrário (se tiver, por favor, comenta aí embaixo).
E a música via de cada um. Lembro-me que meu irmão usava música clássica para se acalmar. Mas música clássica, na verdade, tem um efeito contrário em mim. Eu fico mais agitado, mais inspirado, principalmente quando são óperas, por exemplo. Música pop me faz cantar, e perder o foco no trabalho. Jazz (que é o meu gênero musical preferido) me faz imaginar bastante. Qual então o estilo musical que me faz calmo? EDM rs.
Eu escrevi este post todo escutando o set abaixo. Muito bom, não perdi o foco nenhuma vez. Não fiquei imaginando nenhuma outra coisa. E não fiquei agitado. “Ah, mas não tem como comprovar isso”. Na verdade… seguindo os passos do Bryan Johnson, minha vida é praticamente toda monitorada (por mim mesmo).
Inclusive, peço aí perdão pelo vacilo. Aquele pico de 119 BPM (batimentos por minuto) foi por que fui na esquina comprar cigarro e tive que fazer malabarismos para não escorregar, pois a sandália não tem aderência nenhuma…
O meu batimento médio é 72. Ele vem sendo assim por bastante tempo já, inclusive. Chegar em 63 BPM parado, é um pouco raro. A gente desconsidera que o BPM dormindo está em 47, pois é relativamente normal. Por sinal, sim, eu fui dormir era 3h30 mais ou menos.
Mas é isso. Minha terapia musical depende muito do que eu quero alcançar. Se eu quero foco, produtividade, mas sem ficar acelerado… eu vou de música eletrônica (mas não qualquer uma. Vou colocar o vídeo do set que eu estava assistindo abaixo). Se eu quero foco, produtividade e eu quero ficar acelerado, vai de música clássica (inclusive, escrevi aquele post sobre o Brino “chapado” de ópera).
Se estou querendo me sentir romântico (inclusive, fica aí a dica de date) ou mais leve, imaginativo, eu vou de Jazz. E no fim, se eu quero me divertir, é qualquer outra coisa.
O que é “engraçado”, é que Diogo (meu roommate) se escutar EDM fica agitado. E para mim tem exatamente o efeito contrário. Tanto é que sinto saudades de ir para rave, pois enquanto a galera está se drogando (rs) lá, minha experiência é completamente diferente, sem precisar de artifícios externos (qualquer tipo de droga, inclusive álcool e cigarro).
Não sei se o fato de eu ficar calmo com EDM tem a ver com o TDAH, mas é uma experiência bacana. Inclusive, eu sempre tento investir em fones bons (não caros) que sejam, pelo menos, 7.1. Inclusive, saudades do meu Bose (que não era 7.1, mas a qualidade do som era impecável).
Enfim, aproveitem o set. E me conta… qual tipo de música te deixa mais calmo?
